Lesão por pressão o que é e como evitar

25/01/2022 | Enfermagem | Farma | Hospitalar | « Voltar

Novembro é o mês em que é comemorado o Dia Mundial da Prevenção da Lesão por Pressão, importante data para criar projetos e eventos de conscientização e treinamentos que tragam essa temática aos Cuidadores, Enfermeiros, Técnicos de enfermagem e até familiares que estão envolvidos no processo de cuidar de pessoas com déficit de mobilidade ou percepção sensorial.

O que é Lesão por pressão?

A Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato exposto a pressão durante um período de tempo.

Esta lesão é considerada um evento adverso, que agride o direito de segurança e de qualidade de atendimento do paciente, e não deveria ocorrer, porque em 95% dos casos ela tem estratégias de prevenção que deveriam ser adotadas.

Como evitar os danos causados pela lesão por pressão?

Existe um protocolo da Anvisa RDC 36 (2013) baseado em Guidelines Internacionais criados por especialistas de órgãos sérios como a NPUAP, EPUAP, que descreve as 6 etapas e condutas que devem ser adotadas pelos profissionais para evitar os danos por pressão:

1. Avaliação e inspeção diária da pele, bem como o registro em prontuário;

2. Aplicação da escala de Avaliação de Risco (a mais utilizada é a Escala de Braden);

3. Gerenciamento da Umidade;

4. Avaliação Nutricional;

5. Mobilização 2/2h dos pacientes acamados e com déficit de mobilidade;

6. Utilização das superfícies de suporte como colchões especiais, terapia multicamadas, coxins e travesseiros para o apoio.

Mais do que adquirir este conhecimento, é nosso dever divulgar e compartilhar esta prática, envolver e engajar a equipe.

Há anos que o treinamento para evitar lesões de pele por pressão é conhecido, porém pouco utilizado. Ainda existe uma grande quantidade de pacientes que saem do hospital com lesões de pele após uma internação prolongada, aumentando o número de gastos públicos e privados com antibióticos, materiais de curativo, tempo de internação e disponibilização de leitos hospitalares.

Seja protagonista desta história de mudança e transformação, seja líder desta troca de paradigma e desenhe um projeto que realmente faça diferença nesta questão de saúde pública que envolve dor, infecção, gastos públicos e sofrimento. Priorize o processo de cuidado da pele.

Comece de onde está e transforme!

Por Elaine Cristina Ferreira Ianni

Enfermeira pela UFSCar, Intensivista pela USP, Estomaterapeuta pela Unitau, Enfermeira Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atuante no Time de Melhores Práticas em Estomaterapia em Protocolos de Prevenção de Lesões de Pele, Avaliação de lesões e Estomias, membro Sobest,

Idealizadora do Canal @Stomalovers no Instagram, Facebook e YouTube com Conteúdos na Área de Estomaterapia.

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