Pé Diabético: o que é e quais as principais causas?

25/01/2022 | Enfermagem | Hospitalar | « Voltar

O pé diabético surge em decorrência de uma complicação do diabetes, uma síndrome metabólica de origem múltipla que surge tanto pela falta de insulina como de sua incapacidade de exercer os efeitos adequados. O que acaba causando um aumento na glicose no sangue.

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E é justamente sobre isso que vamos falar neste texto, uma vez que, hoje em dia, o pé diabético é a principal causa de amputações do membro. Continue lendo para saber mais!

O consenso internacional define Pé Diabético como: infecção, ulceração e/ou

destruição de tecidos moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros inferiores.

Outros fatores também relacionados a doença são a diminuição da resistência a infecções, a limitação da mobilidade articular, a presença de regiões com alta pressão nos pés e a presença de outras complicações crônicas devido ao diabetes.

A incidência de ulceração ao longo da vida em portadores de Diabetes Mellitus (também conhecida como DM) é de 25%. No entanto, cerca de 85% destas úlceras precedem amputações.

Dessa forma, constitui-se uma síndrome, que se refere à combinação de distúrbios dos sistemas orgânicos que, em conjunto, produzem uma variedade de problemas clínicos nos pés dos pacientes com DM. Desde ulceração, celulite, abcesso e/ou destruição de tecidos profundos até gangrenas.

Essas patologias podem ser:

  • Patologia neural;

  • Patologia vascular;

  • Patologia infecciosa.

A neuropatia diabética sozinha é responsável por 45 a 60% dos problemas de pé diabético. Já a angiopatia por 7 a 13%. E a associação dos dois por 25 a 45% dos casos. Além disso, ela também é a principal causa de amputação de membro não traumática do mundo. E o DM eleva o risco de amputação em 15 vezes.

Ainda sobre as causas de amputações, os dados mostram que a úlcera precede 85% das amputações de membro inferior entre diabéticos. Enquanto a gangrena antecede 50 a 70% dos casos e infecção está em 20 a 50% dos casos.

Portanto, na maioria das amputações de membro inferior há uma combinação de isquemia e infecção. Isso porque 80 a 90% das úlceras nos pés são precipitados por trauma extrínseco (sapatos inadequados, por exemplo).

Já em 70 a 100% das vezes, as lesões apresentam sinais evidentes de neuropatia. Mas apenas 10% das úlceras são puramente vasculares.

Outo dado importante de se ter em mente é que, quando se faz necessário realizar uma amputação, a probabilidade de ocorrerem amputações subsequentes chega a 51% em 2 a 5 anos.

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Texto por: Enf. George Wellington